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Cristo Palavra
4º Domingo do Tempo Comum - C - 30jan22
Crédito da foto - Iconografia Cristã

LITURGIA DO 4º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Pe. Kleber Rodrigues da Silva

No encerramento do tempo do Natal, celebramos o batismo de Jesus, como uma grande manifestação do mistério trinitário e do ínicio de sua vida pública, principalmente na visibilidade do Espírito que o conduzirá. 
Este caminho começa a ter sua visibilidade, quando, no segundo domingo, fomos a Caná, para celebrar as bodas e ver o ínicio dos sinais de Jesus, com o convite vindo de Maria, dizendo: “Fazei tudo o que Ele vos disser”, mas principalmente com o sinal do vinho, expressão da transformação e da alegria que se encontra na sua pessoa. 
O terceiro domingo, colocou-nos, a presença de Jesus na sinagoga, revelando o texto sagrado, na força do Espírito Santo, ajudou-nos a perceber os “locais” de conhecimento e de relacionamento com o divino, isto é, a Palavra e a Comunidade.
Neste quarto domingo, Jesus é expulso da sinagoga, por apontar a autenticidade, a verdade que liberta e principalmente por superar os preconceitos em relação à sua pessoa e a sua missão.
O evangelista Lucas, tem por finalidade, descrever toda vida e missão de Jesus que se dá num caminho de misericórdia, que se encontra com os outros, necessitados de uma medicina que cura as feridas, mas que também cura o coração e resgata a dignidade.
O episódio deste quarto domingo, destaca, como no domingo anterior, os meios e os modos para conhecer Jesus, primeiramente, como dissemos acima, a Palavra e a Comunidade, depois, acrescentariamos: as relações que decorrem do estar em contato com a Palavra e do ser Comunidade.
A busca por Jesus, desperta muito mais do que a simples necessidade de sinais, ou como nos diz o texto: “de tudo aquilo que ouvimos dizer que fizestes em Cafarnaum”. É preciso dar um passo à frente. 
É interessante observar a reação comportamental daqueles que estão na sinagoga: ficam irados com Jesus, optam por expulsá-lo não só de um “lugar” (a sinagoga), mas também da cidade e da oportunidade de relacionar-se na convivência diária. São atitudes pesadas, que parecem fazer parte do cotidiano, se não se alinha conosco, é melhor colocá-lo para longe. 
A dinâmica litúrgica dos domingos anteriores e deste, oferece-nos os meios para fazer nossa adesão a proposta missionária de Jesus. Diante de nossas fragilidades, podemos apresentar o mesmo comportamento, de estar na vida comunitária, acolhendo a Palavra, mas quer colocá-lo para fora. Entendamos, de fato, que acolher e assumir a vida em Jesus não é nada fácil, mudar comportamentos, atitudes, é exigente e doloroso. 
A liberdade que há na ação missionária de Jesus, decorrente da presença do Espírito Santo, faz com que Ele continue o caminho e “passando pelo meio deles, continuou”. O gesto é provocativo a cada um de nós, que queremos percorrer o mesmo itinerário, no entanto, queremos também ficar presos a bairrismos e outros comportamentos que paralisam.
Caminhar com Jesus é muito mais do que percorrer distâncias geográficas, é um itinerário humano-espiritual, onde aprendemos a viver a dignidade de filhos de Deus (1ª leitura), para aspirando as coisas do alto, vivamos a caridade (amor), com a dinamicidade das atitudes provocadas pelo Espírito Santo (2ª leitura). 
Aprendamos, que neste caminho, seremos aprendizes das virtudes teologais: fé, esperança e caridade, sendo que o amor (Deus caritas est), será a maior expressão, de que saimos da sinagoga com Jesus, mas aprendemos a viver a Palavra revelada, nos passos da vida e nos relacionamentos que estabelecemos. 

Praticando a Palavra

1. Observe como as leituras bíblicas que você acolhe no domingo, tornam-se “luz para os seus passos”, ao longo da semana;
2. Agradeça diariamente à Deus, a sua condição de filho/filha Dele;
3. Rogue ao Espírito Santo, que possa produzir frutos de fé, esperança e caridade. 

 
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