Em verdade, em verdade, eu vos digo: se alguém guardar a minha palavra, jamais verá a morte”.
A primeira leitura falou-nos do guardar a Aliança. No evangelho ouvimos novamente o pedido: guardar a minha Palavra e jamais verá a morte.
Ontem pensávamos no sentido do discipulado, do conhecimento da verdade e do alcance da liberdade. O caminho da Palavra vai nos instruindo de modo que aprendamos diariamente a responder à pergunta: Quem é Jesus?
Quando se proclamam as leituras, é o próprio Cristo que nos fala. Guardar a Palavra, é primeiramente entender, que se trata de algo além de um conjunto de vogais e consoantes.
A Palavra de Jesus, traz consigo uma Autoridade, um peso, um significado, um sentido.
Temos vivido e nos alimentado basicamente da Palavra, algo que não nos é tão comum, viver só da Palavra, pois sempre unimos a Palavra ao sinal sacramental de receber o Cristo na Eucaristia.
A proposta de Jesus em guardar a sua Palavra, é dar a ela, o sentido não só de algo que entra pelos ouvidos, mas que também se torna algo prático na vida. Há uma ponte, um caminho e não um abismo entre a Mesa da Palavra e da Eucaristia. Não podemos querer apenas a Eucaristia, é antes preciso, querer ter e viver da Palavra, praticada. Ali Jesus ensina os elementos básicos da fé, como o amor ao próximo, o perdão, a confiança, a partilha, a solidariedade. O quanto tudo isso, é prática em nossa vida? Guardemos a Palavra, para que cada vez mais, ela se torne, atitude em nosso dia a dia.
Padre Kleber Rodrigues da Silva
Pároco.